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Condução Autónoma: Já ouviu falar dos 5 níveis?

3 min de leituraMobilidade
Os veículos autónomos são um tema fascinante para quem gosta de automóveis e de tecnologia. A visão futurista de ter carros a andar sozinhos, nas nossas estradas, é muito apelativa. Mas ainda não estamos aí. A condução autónoma tem níveis diferentes, que importa conhecer para podermos ter uma opinião mais informada sobre o tema.
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É verdade que nos últimos anos têm sido dados passos muito importantes no desenvolvimento de tecnologia para a condução autónoma. Aliás, como o leitor se tem apercebido, nunca se falou tanto no tema como agora. O objectivo é reduzir a intervenção do condutor na condução do automóvel, libertando-o para outras tarefas enquanto viaja, e aumentar os níveis de segurança rodoviária. Um exemplo muito popular é o sistema “Autopilot” (Piloto Automático), implementado nos modelos da marca Tesla, sendo que muitas outras marcas também já estão a trabalhar em projectos similares.

Apesar de muito apelativo e futurista, é importante ter em conta que o nível em que o automóvel viaja sem qualquer tipo de intervenção do condutor está ainda longe de se vulgarizar. Para além de aspectos técnicos, relacionados com o automóvel, a sua relação com as cidades e a conectividade com outros meios de transporte, há ainda muitas questões legais e éticas por resolver. Isto não invalida que já se tenha evoluído muito em níveis de condução autónoma menos ambiciosos e que são descritos numa escala de 0 a 5, sendo que este último patamar é aquele que temos vindo a referir. Mas confira aqui mesmo as características de cada um desses patamares.

Os 5 níveis da condução autónoma

Nível 0 - Sem condução autónoma

Neste nível, não existe nenhum sistema de autonomia da condução. O controle do veículo é feito na íntegra pelo condutor, ainda que este possa receber pequenas ajudas e alertas de sistemas de apoio à condução. Este é o nível de condução ainda predominante nas estradas de todo o mundo.

Nível 1 - Assistência ao condutor

No primeiro nível da condução autónoma, o veículo já dispõe de sistemas de assistência que intervêm na direção ou na aceleração/travagem, alternando entre as duas.

Nível 2 - Automatização parcial

Ao contrário do que acontece na etapa anterior, neste nível, os sistemas de assistência já podem funcionar simultaneamente na condução, sem necessidade de alternar entre a direção, a aceleração ou a travagem. Funciona com base nas informações recolhidas sobre o estado do trânsito e da estrada. O condutor tem de se manter sempre atento de modo a poder assumir imediatamente o controlo sobre o automóvel quando necessário.

Nível 3 - Automatização condicional

Aqui o sistema já é capaz de assumir o controle completo do automóvel em certas situações, tais como a de trânsito intenso, realizando tarefas específicas de maneira autónoma. A intervenção do condutor é apenas necessária em situações transitórias - embora o condutor tenha de estar continuamente preparado para assumir o controlo.

Nível 4 - Alta automatização

Este nível antecede a automatização total da condução. Aqui, o sistema tecnológico consegue assumir o controle de todas as partes da condução, seguindo apenas percursos pré-definidos e de acordo com as condições do momento. O automóvel realiza toda a condução, requisitando a intervenção do condutor no momento em que sai do percurso previamente definido. Caso o condutor não assuma o controle do veículo, este executa um protocolo de imobilização em condições de segurança.

Nível 5 - Automatização total

Este é o nível máximo, em que existe uma total automatização da condução. Este nível de tecnologia, não ainda está disponível para ser utilizado na via pública. Independentemente das condições, o veículo realizará a condução no percurso de maneira independente do condutor, não sendo este necessário. O condutor só poderá intervir se assim o entender e se as características do veículo o permitirem, uma vez que a existência de controlos manuais será opcional.

Agora que já sabe um pouco mais sobre os diferentes níveis de condução autónoma, podemos antever que estes sistemas serão cada vez mais comuns nos modelos que a indústria automóvel está a colocar no mercado. Para além de aspectos relacionados com a experiência de condução ou de se transportar num automóvel, os ganhos em termos de segurança são inequívocos. Vamos, então, estar atentos à evolução tecnológica e aos outros aspectos que ainda impedem a implementação de níveis de condução mais ambiciosos. E conte connosco. À medida que houver novidades vamos partilhá-las consigo.

Publicado em {data}

17 de março de 2022
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