BMW X1 vs Mazda CX-5
Comparar o BMW X1, um modelo premium, com o Mazda CX-5, um SUV mais convencional, pode parecer estranho. Mas, na realidade, não é. Ambos estão no topo das respetivas classes e oferecem experiências de condução muito semelhantes, apelando ao mesmo tipo de cliente. Mas qual é o melhor, afinal?
BMW X1
Atualmente na sua segunda geração, e após um facelift, o BMW X1 continua a ser uma escolha desejável na muito disputada classe dos SUV. O BMW X1 é um modelo que subverte as expectativas. Aquele que é o mais pequeno dos SUV da marca bávara, partilha a sua plataforma com o Mini Cooper e na verdade acaba por conquistar pela experiência ao volante que proporciona. Apesar da sua versatilidade, o X1 continua a ser bom na estrada, e os condutores mais entusiastas irão achá-lo um carro mais cativante do que a configuração mais suave e menos equilibrada de alguns rivais.
Mazda CX-5
O CX-5 da Mazda não é tão novo como isso. A Mazda continua a retocar a fórmula do seu popular SUV de forma a mantê-lo suficiente fresco face à feroz concorrência. A segunda geração do modelo nipónico está mais confortável do que nunca e elevou o nível de requinte. A isso, junta um motor simultaneamente potente e eficiente, um interior digno de um premium e muito equipamento de série. Apesar do design com linhas mais afiadas ser apenas uma continuidade e de não ser dos mais tecnológicos e mais práticos do seu segmento, o CX-5 é versátil, confortável e ágil.
Para o mesmo tipo de condutor
Quer o X1 quer o CX-5 são apreciados pelo seu comportamento dinâmico apurado e pelos motores potentes. O X1 aqui em análise é a versão 16 d sDrive 116 cv, com um motor 1.5 de três cilindros turbo acoplado a uma caixa manual de seis velocidades, com o Pack Essence. Este anuncia uma média de consumos de 5,1 l/100 km. No geral, o modelo bávaro é confortável e divertido, embora o amortecimento possa pender por vezes para o firme, sem comprometer os seus deveres de familiar. O mesmo se aplica ao CX-5, que ainda assim tem vários pontos positivos. No caso do modelo nipónico, a suspensão está no meio termo. A versão aqui em análise é a 2.0 Skyactiv-G a gasolina com 165 cv e caixa manual Homura. Este motor oferece a potência suficiente, com uma média de consumos de 6,8 l/100 km. No geral estamos perante um modelo generalista que oferece uma experiência de luxo, sobretudo nesta versão Homura. Ambos são 4x2. O X1 tem uma ótima direção, comunicativa, ao estilo do Série 2. O motor providencia uma entrega de potência linear. A sua posição de condução é elevada e os bancos da frente são um pouco estreitos.
Já a Mazda conseguiu tornar o atualizado CX-5 mais ligado à estrada, mais confortável e com um comportamento mais neutro em curva. Mas também não é um desportivo. O que significa que o SUV se encontra algures no meio entre um bom compromisso, capaz de proporcionar um pisar confortável em cidade e de emoções mais fortes numa estrada secundária. A contribuir para isso está uma melhoria evidente nos níveis de refinamento e insonorização, com níveis reduzidos de ruído a bordo. A direção está mais previsível e as passagens de caixa são praticamente impercetíveis.
O tamanho engana
O BMW X1 “engana” muito bem, pois apesar das suas dimensões compactas providencia maior habitabilidade em altura e para pernas, além de uma bagageira maior do que o X3. Isso foi possível graças à plataforma. Além disso, tem uma bagageira de 505 litros. O espaço atrás também pode crescer para os 1550 litros com o rebatimento da fila posterior. Atrás encontram-se duas portas USB e saídas de ventilação. Os ocupantes dos lugares da frente também são bem tratados, com porta-copos de grandes dimensões, bolsas porta-objetos nas portas e outro compartimento de tamanho generoso abaixo do apoio de braços. Existem ainda tomadas USB e um sistema de carregamento do smartphone via wireless. Os bancos são muito confortáveis e é possível obter a posição de condução ideal, devido aos inúmeros níveis de ajustamento. Grande parte do tablier é partilhado com o Série 2, incluindo o ecrã tátil e os comandos. O exterior do X1 traz a típica linguagem de design da BMW, com a grelha de duplo rim, faróis de formato afilado, perfil quadrado e traseira muito “clean”.
O CX-5 é maior do que o X1, mas tem espaço suficiente no interior para ocupantes e respetiva bagagem para agradar a todos. A mala tem 438 litros de capacidade, extensível a 1340 litros com rebatimento da segunda fila. Isto significa que o modelo da Mazda com 4,57 metros de comprimento sai a perder face ao BMW de 4,45 metros, nesse particular. O espaço para pernas e em altura é satisfatório para quem tiver até 1,75 m de altura, mas a consola central e o túnel da transmissão são um entrave para que haja um terceiro adulto a ocupar os lugares posteriores. Inclui também portas USB, dois porta-copos e saídas de ventilação atrás. Por fora, pouco mudou face à fórmula original do CX-5, com apenas pequenos ajustes a registar na grelha, nos faróis e farolins. O mesmo se aplica ao interior, onde se encontram, ainda assim, bancos com apoio lombar adicional e um sistema de carregamento sem fios para o smartphone. O aspeto geral é “clean” e sofisticado, embora o ecrã central de 8 polegadas não tátil destoe um pouco.
O veredito
O BMW X1 conquista o utilizador pelo comportamento dinâmico, capacidade de resposta do motor, além do interior espaçoso. Peca, no entanto, por ter um amortecimento rijo e pela falta de personalidade. Ainda assim é um modelo a considerar dentro do círculo dos SUV compactos premium. Por sua vez, o Mazda CX-5, apesar de ser já algo “entradote” continua a manter uma posição sólida dentro do segmento. Apesar do estatuto de generalista, o aspeto aprimorado do exterior e do interior fazem-no conquistar potencialmente clientes de modelos premium. O bom equilíbrio entre comportamento e amortecimento, além da boa dotação de equipamento, são outros dos seus principais trunfos. Peca, no entanto, pelo espaço mais acanhado para os ocupantes dos lugares posteriores e por não ter um ecrã tátil.
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