Cupra Formentor vs Volvo XC40
Dois SUV do mesmo segmento: um Diesel e outro híbrido plug-in a gasolina
O Formentor é o primeiro Cupra a título individual. Além do ótimo aspeto interior e exterior, é divertido de conduzir, contudo é preciso ter em conta que há SUV no mercado com posição de condução mais elevada e com maior sentido prático. Por sua vez, o Volvo XC40 é um modelo do mesmo segmento dotado de um visual apelativo e confortável. Contudo, não é barato. Vamos comparar a versão 2.0 TDI do Formentor e o 1.5 PHEV do XC40.** **
Cupra Formentor
O Formentor é o segundo SUV da Cupra, sendo uma espécie de versão de estilo coupé do Ateca.
Em termos estéticos, é mais apelativo, graças às suas linhas mais arredondadas, embora pareça mais um hatchback de “calças arregaçadas” do que propriamente um SUV. Estas caraterísticas permitem-lhe intrometer-se no campeonato de propostas premium, onde pontificam o Mercedes-Benz GLA ou o Land Rover Range Rover Evoque.
Já no que diz respeito às motorizações, apesar da gama muito completa, existe apenas uma opção Diesel, o 2.0 TDI de 150 cv.
Volvo XC40
O XC40 veio agitar as águas no segmento dos SUV premium compactos, sobretudo em termos de design. Este modelo carateriza-se pelos faróis “martelo de Thor” e farolins em LED imediatamente reconhecíveis, acompanhado de proporções e apontamentos diferenciados. O SUV sueco impressiona também pela dotação tecnológica, incluindo um modo de condução semiautónoma, interior ergonómico e com muitos espaços de arrumação e bagageira de dimensões generosas. Entre as versões mais apelativas está a híbrida plug-in T4 Recharge com 211 cv, que possibilita um bom índice de autonomia em modo elétrico e consumos muito contidos.
Baixos consumos, mas por vias diferentes
O Cupra Formentor é uma mistura entre um SUV e um coupé de quatro portas de visual desportivo. A versão aqui em análise é a única disponível com motor Diesel, o 2.0 TDI de quatro cilindros turbo com 150 cv. Este propulsor revela-se mais do que suficiente do ponto de vista dinâmico, pelo menos até aos 170 km/h. Devido à qualidade do chassis, não se mostra desconfortável mesmo a alta velocidade, com o “red line” a ser atingido às 5000 prm.
Esta versão a gasóleo pode ser encomendada com caixa manual de seis velocidades 4x2 ou com caixa de dupla embraiagem DGS de sete velocidades 4x4. A direção e os travões têm um tato pouco mecânico, mas os modos de condução permitem encontrar o “soft spot” para uma condução mais divertida. O som do escape é digno de um desportivo, sem ser propriamente intrusivo. A nível de consumos, anuncia 4,8 l/100 km na versão 4x2.
Por sua vez, o Volvo XC40 T4 é um híbrido plug-in que tem 211 cv. Este sistema conjuga um motor 1.5 de três cilindros turbo a gasolina de 129 cv e um motor elétrico de 82 cv. A potência é gerida por uma caixa de dupla embraiagem de sete velocidades, que providencia passagens suaves. Esta versão “eletrificada” do SUV sueco anuncia uma média de consumos de 2,1 l/100 km e emissões de CO2 de 47 g/km. A autonomia em modo elétrico é de 46 km. A nível de carregamento, é possível encher 80% da bateria em 3 horas a 3,7 kW, embora numa wallbox o mesmo processo necessite de apenas 1h20 para ser concluído. O SUV é muito confortável, embora não tenha um comportamento propriamente divertido.
Um com mais estilo, outro mais prático
Um dos aspetos mais importantes na hora da compra de um SUV é o sentido prático. E nesse particular, o Formentor sai logo a perder comparativamente com o “irmão” Ateca, devido ao formato coupé da carroçaria. Apesar disso, o espaço para pernas e em altura é suficiente, nunca se sentindo propriamente claustrofóbico para quem viaja atrás. E mesmo a bagageira tem uns simpáticos 450 litros de capacidade nas versões térmicas, que ficam reduzidas a 345 litros nos híbridos.
Com 4450 mm de comprimento, o SUV catalão é maior que o GLA e o BMW X2, sendo também um pouco mais comprido que o Ateca. No interior destaque para o ecrã tátil de 12 polegadas e para o painel de instrumentos digital de série, acompanhado por vários detalhes em tons de cobre e a imitar fibra de carbono, que lhe conferem um aspeto mais premium.
Já o XC40 sente-se que é um SUV mais convencional a todos os níveis. O espaço atrás é mais desafogado para pessoas com 1,80 metros de altura viajarem em conforto, mesmo quando à frente seguem indivíduos com o mesmo tamanho. Na mala existem 452 litros à disposição, um valor ainda assim abaixo de alguns dos seus concorrentes mais diretos como o BMW X1 ou o GLA. O espaço pode ser aumentado para 1328 litros, com o rebatimento dos bancos traseiros. O interior do XC40 é “cool” e hi-tech, embora também existam alguns plásticos menos nobres. Realce para o ecrã central de 9 polegadas colocado ao alto que concentra grande parte das funções, e que tem ao lado um painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas de fábrica. Para os fãs de música, existem em opção um sistema Harman Kardon de 650W com 13 altifalantes.
O veredito
O crossover catalão é bem equipado, tem boa tração e um interior muito bem conseguido esteticamente. Contra si tem o facto de contar com alguns comandos pouco intuitivos e de não ser muito bem insonorizado em situações de maior carga no acelerador. Quem procure um SUV mais prático terá de olhar para o XC40. Este modelo é igualmente elegante, muito confortável a qualquer velocidade e com uma posição de condução mais elevada, com mais espaço para os ocupantes, sendo fácil de manobrar em cidade. O interior é mais minimalista, mas moderno. Peca por não ter uma condução muito envolvente e pelo sistema de infotainment pouco “easy friendly”.
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