Fiat 500 vs Seat Ibiza
Andar na cidade com estilo ou diversão?
O Fiat 500 e o Seat Ibiza são duas das propostas de cariz mais urbano e mais ousadas dos dias de hoje. O modelo italiano encaixa dentro do segmento A, assumindo-se como um puro citadino de três portas. Já a proposta oriunda da Catalunha, encaixa no segmento B, a dos utilitários.
O 500 contemporâneo prima pelo estilo único, por dentro e por fora, sendo muito fácil de manobrar em cidade devido às suas dimensões, além de oferecer uma panóplia de opções de personalização. Em contraponto, o Ibiza é uma das propostas mais arrojadas a nível dinâmico do seu segmento, com motores a assegurarem uma boa capacidade de resposta. A juntar a isso, é um utilitário espaçoso.
Fiat 500
A seu favor, o Fiat 500 tem o estilo e a imagem de marca, embora haja muitos concorrentes que, além de serem mais divertidos de conduzir e mais práticos, são mais baratos. Seja como for, é difícil confundir o 500 com outro modelo na estrada, devido ao seu look retro.
As suas dimensões reduzidas favorecem também a sua agilidade em cidade e o seu motor 1.0 mild hybrid a gasolina de 69 cv, ajuda a manter os consumos contidos.
Seat Ibiza
O Ibiza é um utilitário de cinco portas cheio de estilo e muito prático. Aliado a isso, o modelo de Martorell providencia um elevado grau diversão ao volante, baixos custos de utilização, mas também um sistema de infotainment competente e fácil de utilizar.
Menos favorável é o amortecimento firme, sobretudo na versão desportiva FR e a direção pouco comunicativa. Foi alvo de um facelift em 2021.
Performances bem diferentes
A nova geração do Fiat 500 é 100% elétrica, mas o “velho” 500 continuará certamente em catálogo por mais algum tempo, até porque recebeu um motor 1.0 mild hybrid em 2021. Apesar a ligeira eletrificação, esta versão do citadino transalpino não permite rolar em modo zero emissões, uma vez que o motor elétrico e a bateria de pequenas dimensões servem apenas para ajudar o motor a gasolina em determinadas situações, como os arranques e em “coasting”, por exemplo, visando reduzir os consumos. Isto significa que o sistema não contribui para melhorar a resposta do bloco de 69 cv, que ainda assim é suficientemente competente em cidade.
Em geral, o 500 não é um modelo propriamente confortável, sofrendo em pisoa mais degradadoa. Contudo, a direção leve (sobretudo no modo City) e as dimensões reduzidas favorecem a condução e manobras em cidade. Outro aspeto menos positivo é o ruído emitido pelo motor em acelerações, que aumenta à medida que a velocidade aumenta, além da vibração que passa para os pedais.
Já o Seat Ibiza, em contraste, oferece outro nível de desempenho. O 1.0 TSI de três cilindros turbo de 110 cv oferece uma boa capacidade de resposta a baixos regimes e surge combinado com uma caixa manual de seis velocidades (em vez da de cinco disponível no 500). Se o conforto for a sua prioridade, o Ibiza poderá também não ser a escolha ideal, embora não comprometa tanto neste capítulo como o 500 (com a exceção a ser a versão FR, que recebe uma suspensão desportiva específica e jantes de 18”).
O Ibiza está talhado para curvar de forma divertida, surpreendendo pela forma muito linear e sofisticada como se comporta. A direção é leve e bem balanceada quer em cidade quer em manobras numa estrada de montanha, e, além disso, o rolamento da carroçaria é muito bem controlado. O motor “mil” turbo é suave q.b., nunca se tornando propriamente estridente.
Um é mais vibrante e o outro é mais prático
O 500 não possui banco do condutor ajustável de altura de série. Além disso, a posição de condução é comprometida por não ter um volante regulável em profundidade. Em termos de ergonomia, o citadino italiano tem comandos intuitivos e o punho da caixa colocado numa posição elevada e fácil de alcançar. A visibilidade não é de todo facilitada devido aos pilares A grossos e ao óculo traseiro pequeno. A partir dos níveis de equipamentos intermédios existe um ecrã tátil de 7” alinhado com o campo de visão do condutor e fácil de utilizar, embora seja passível de alguns reflexos. O interior do 500 é colorido e original, predominando os plásticos duros e bancos em tecido.
Por sua vez, o Ibiza tem uma posição de condução relativamente baixa e bancos confortáveis e com um apoio razoável. Os bancos e o volante permitem inúmeros ajustes. O interior tem uma disposição lógica, com os comandos da climatização numa posição muito baixa. As versões de equipamentos mais modestas têm comandos analógicos e um ecrã pequeno de 8,25” ao centro, sendo que apenas as versões de topo recebem instrumentação digital com 10,25” e ecrã de 9,2” com mapas de navegação. Os faróis automáticos em LED são de série. A montagem é sólida e com o facelift de 2021 foi melhorada a qualidade dos plásticos e dos revestimentos.
O Fiat 500 é 42,7 cm mais curto que o Ibiza, embora seja 8,3 cm mais alto que o modelo espanhol. A maior diferença está, no entanto, na bagageira, onde oferece uma capacidade 53% inferior. O 500 tem os lugares na frente numa posição elevada, mas o condutor não tem um descanso para o pé esquerdo e tem uma consola central a bater no joelho. Os espaços para arrumação são escassos, apesar de haver dois porta-copos. O acesso atrás é complicado, porque o citadino tem apenas três portas, sendo possível transportar apenas dois adultos. Quem for atrás tem pouco espaço em altura e para pernas. A bagageira com 185 litros de capacidade, dá apenas para alguns sacos de compras e os bancos não rebatem para obter um piso plano.
Pertencendo a um segmento acima, o Ibiza é um dos utilitários mais espaçosos da atualidade, oferecendo muito espaço à frente e atrás, tanto em altura como comprimento – embora possa ser desconfortável tentar arrumar três adultos na segunda fila. Todas as versões permitem rebater os bancos na proporção 60/40 e a mala é das maiores do seu segmento, com um piso de altura ajustável.
O veredito
A segunda geração do novo 500 continua disponível sob a forma de um modelo mild hybrid. Este modelo brilha pelo estilo retro, enorme leque de personalização e pelo seu motor suficientemente poupado. As suas dimensões também o tornam fácil de estacionar. Contudo, é pouco prático e não é muito divertido de conduzir.
Já o Ibiza é o melhor de até agora. Feito com base na plataforma do VW Polo, mistura refinamento com uma experiência de condução divertida, além de ter um aspeto apelativo e de ser bem equipado. É espaçoso e versátil, o que faz dele apto para uma utilização mais familiar.
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