Skoda Superb Break iV vs Volkswagen Passat Variant GTE

Estas podem muito bem ser duas das carrinhas familiares mais completas do mercado na atualidade.

São espaçosas, rápidas, repletas de conforto e equipamento, que oferecem tanto propulsão a gasolina como elétrica, e têm um valor de mercado atrativo tanto como carro de empresa como para um particular. O mais difícil mesmo é atribuir-lhes defeitos, mas antes da comparação é importante referir que esta dupla de carrinhas híbridas plug-in (PHEV) utiliza a mesma plataforma MQB, o mesmo motor 1.4 a gasolina turbo a debitar 156 cv a operar em conjunto com um motor elétrico para uma potência combinada até 218 cv, e a mesma bateria de 13kWh. A Passat tem um alcance oficial em modo elétrico até 61 km e a Superb até 55 km.

12 de maio de 2022

Skoda Superb Break iV

A Skoda Superb Break iV destaca-se pela bagageira de grandes dimensões, onde cabem até três bicicletas de montanha com os lugares posteriores rebatidos. Além disso, apresenta um sistema de infotainment de funcionamento intuitivo e um índice simpático de autonomia em modo elétrico. Contra si tem o facto de ter algum rolamento da carroçaria em curva, e a caixa de dupla embraiagem DSG não trazer patilhas no volante.

  • Segmento: Carrinha
  • Lugares: 5 pessoas
  • Portas: 5
  • Tração: frente 4/2
  • Peso da tara: 1752 kg
  • Capacidade do depósito: 50 L
  • Bagageira: 510 litros
  • 218 cv / 160 kW
  • Combustível: Gasolina
  • Binário: 400 Nm
  • Direção assistida

VW Passat Variant GTE

A carrinha “eletrificada” da VW possui um elevado nível residual, um interior mais elaborado e um comportamento mais dinâmico comparativamente com a Skoda. Em contraponto, a Passat GTE é mais cara que a Superb iV, embora lhe falta o “feeling” de um verdadeiro premium e não seja assim tão desportiva como seria de esperar de um modelo com a sigla GTE. 

  • Segmento: Carrinha
  • Lugares: 5 pessoas
  • Portas: 5
  • Tração: frente 4/2
  • Peso da tara: 1730 kg
  • Capacidade do depósito: 50 L
  • Bagageira: 402 litros
  • 218 cv / 160 KW
  • Combustível: Diesel
  • Binário: 400 Nm
  • Direção assistida

Interior clean e bem equipado

Interior clean e bem equipado

A Skoda Superb inclui de série as jantes de 18 polegadas, luzes matrix LED, bancos aquecidos, deteção de ângulo morto, acesso sem chave, cruise control adaptativo e duas zonas de climatização. Também está incluído um ecrã tátil de oito polegadas. O interior é clean, com um aspeto simples e ergonomicamente equilibrado, tal como a sua rival da Volkswagen também aqui em análise. Ambas utilizam materiais de boa qualidade em muitas áreas, embora incluam também alguns plásticos mais duros noutros locais.

A construção interior e a qualidade dos materiais são acima da média na Passat, tal como na Superb; da mesma forma, o design do habitáculo é igualmente simples e subtil. Dependendo da forma como olhamos, pode ser visto como algo monótono ou com classe, mas é pouco provável que importune quem quer que seja. De série, a GTE inclui um sistema de info-entretenimento com um ecrã tátil de oito polegadas com navegação e serviços online, bancos em pele aquecidos, cruise control adaptativo, e cabos de carregamento elétrico para uma wallbox e ficha de três pinos, tal como na Skoda.

Uma é mais “espigada”, a outra é mais confortável

Uma é mais “espigada”, a outra é mais confortável

Existem algumas diferenças evidentes entre estes dois modelos, apesar das suas semelhanças óbvias. A Passat recebe patilhas no volante para um melhor controlo da caixa de dupla embraiagem de seis velocidades DSG, além de um modo de condução GTE que “apimenta” ainda mais a resposta do acelerador do que o modo Sport, para uma condução mais efervescente.

A Superb prescinde destes dois, mas possui uma suspensão adaptativa de série. Como seria de esperar, dado o sistema motopropulsor clonado, estes dois modelos apresentam prestações similares com acelerações de 0 a 100 km/h na casa dos 7 segundos e uma velocidade máxima na ordem dos 220 km/h. Na prática, esta dupla de carrinhas familiares é mais audaciosa do que alguém esperaria de um grande familiar essencialmente centrado na eficiência, embora a sua verdadeira virtude seja a sua suavidade de funcionamento e a condução relaxada que proporciona.

Ambas são excelentes parceiros para grandes tiradas de autoestrada, nas quais é possível utilizar o modo zero emissões. Contudo, o motor a gasolina de 1,4 litros opera de forma tão silenciosa e suave que mal se nota caso haja cuidado na utilização do pedal do acelerador. O que se nota é que a Superb tem tendência a sentir-se um pouco mais pesada nas curvas, com um rolamento superior da carroçaria nos modos Confort e Normal. Já com o modo Sport acionado, o rolamento torna-se progressivo, neutro e fluido, inspirando maior confiança, embora seja longe de ser uma experiência emocionante.

O Passat tenta ser mais desportivo com o seu modo GTE que traz uma nota de escape mais presente, além de ser capaz de proporcionar curvas ligeiramente empenhadas. Mas, na realidade, ainda é um carro pesado que se sente estável e agarrado à estrada, embora esteja longe de ser divertido. Na verdade, não há muitos compradores que esperem uma experiência desportiva de uma grande carrinha familiar, mas toda gente deverá apreciar o excelente nível de requinte e de conforto presente nesta dupla. A Superb proporciona uma condução mais suave devido aos amortecedores adaptativos que traz de fábrica. De qualquer forma, nenhuma das duas é de todo desconfortável. Em última análise, a GTE é marginalmente mais desportiva, mas não acrescenta muito à carrinha convencional. Os amortecedores adaptativos de fábrica da Superb são um “plus” valioso, dada a natureza orientada para o conforto de um modelo com estas caraterísticas.

O veredito

A Superb iV é incrivelmente semelhante à Passat GTE em muitos aspetos; tem o mesmo sistema propulsor, o que traz muitos benefícios equivalentes. No entanto, a Skoda é mais bem equipada do que a sua rival Volkswagen. A Passat tem quase todos os mesmos pontos positivos que o seu concorrente: é silenciosa, agradável de conduzir, e tem todo o equipamento que se quer, a que acrescenta um sistema híbrido que opera de forma suave e com baixos custos de utilização. A isso junta uma estética mais apelativa face à concorrente checa. No entanto, não é tão confortável e é mais cara.

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