Volkswagen T-Roc vs Nissan Juke
Dois SUV do mesmo segmento: razão ou emoção?
A VW resolveu encaixar um SUV entre o T-Cross e o Tiguan, o T-Roc, um modelo produzido em Portugal que se faz valer da boa dotação de equipamento de série e pelo sentido prático. No mesmo segmento insere-se o novo Juke, que procura manter o apelo emocional da primeira geração, agora também com um reforço na vertente prática. Vamos analisar, em detalhe, para lhe darmos uma ajuda na escolha entre estes dois SUV do subsegmento B+.
Volkswagen T-Roc
Evoluindo a partir da plataforma MQB do Golf, o VW T-Roc foi alvo de um restyling que lhe trouxe equipamento mais moderno, melhores materiais no interior e aprimorou o aspeto geral.
Este SUV produzido na Autoeuropa, em Palmela, faz-se valer sobretudo do bom aproveitamento do espaço na bagageira e de muito de equipamento de fábrica, tendo em conta a faixa de preço em que se insere.Contudo, desaponta por ser um pouco apertado na segunda fila e o sistema de infotainment e de climatização não têm um funcionamento muito intuitivo.
Nissan Juke
O Nissan Juke original é visto por muitos como o carro errado na altura certa. O pequeno SUV de formato coupé chegou em 2013, antes de a tendência ter realmente começado, com um estilo controverso, interior acanhado e uma gama de motores pouco ajustada.
Esteticamente, era pouco consensual, com linhas tipicamente japonesas. Já o novo Juke é outra coisa. Trata-se de um carro de importância vital para marca, que partilha grande parte do seu desenvolvimento com os seus parceiros de aliança, Renault e Mitsubishi, e com um posicionamento verdadeiramente global.Â
Por dentro e por fora
O novo Juke tem um aspeto fantástico. Não restam dúvidas que em termos do design, o seu público alvo é jovem. Ainda assim, embora tenha o tal olhar futurista, todos os elementos que fizeram com que o Juke anterior chamasse a atenção ainda estão lá.
O interior tem um ambiente fresco com assentos dianteiros de estilo bacquet revestidos com um acabamento acolchoado confortável e uns traços funky com muitos contornos. Se o Nissan Juke anterior tinha um interior claustrofóbico, uma mala pequena e era fraco do ponto de vista ergonómico, o mesmo não se pode dizer do seu sucessor. Este novo modelo é muito mais espaçoso e tem uma posição de condução mais baixa, sendo possÃvel ajustar a direção e os bancos. Carece apenas de mais espaços de arrumação, o porta-luvas é curto, assim como a consola central. O espaço atrás não é referencial, mas é possÃvel transportar dois adultos em conforto. Na bagageira há 422 litros à disposição, nÃveis de um modelo de um segmento acima.
Já o T-Roc vem muito bem equipado de série, seja pela assinatura luminosa, acabamentos exteriores e jantes. Não existem muitos SUV deste segmento, e neste intervalo de preços, que tenham este tipo de caraterÃsticas de estilo. Com 4234 mm de comprimento e uma distância entre eixos de 2603 mm, é um pouco mais pequeno do que parece. Mas tem 1809 mm de largura e 1573 mm de altura. Isso faz com que seja 2,4 cm mais curto e 2,2 cm mais baixo que o Juke, tendo menos 1,9 cm de altura ao solo e menos capacidade na bagageira. Feito com a mesma base do Golf, o T-Roc tem muito espaço, com interior a ser desafogado para quem segue à frente. O interior é similar ao de outros modelos da marca, com um aspeto clean, refinado e de bom gosto, agora já sem os plásticos duros do modelo original. Em complemento, existem muitos espaços para arrumação, embora o sistema de infotainment e os comandos da climatização provoquem muita distração. Na segunda fila, o espaço para pernas é escasso, sendo aconselhável a sua utilização apenas por dois adultos. O espaço na bagageira é de 445 litros, extensÃveis a 1290 litros com o rebatimento da segunda fila.
Motores, consumos e condução
O novo Juke é proposto com um motor 1.0 de três cilindros turbo a gasolina com 114 cv. É aconselhada a escolha da caixa manual, uma vez que caixa de dupla embraiagem não tem um funcionamento tão linear. Não existem 4x4. Já o T-Roc vem munido de um motor de caraterÃsticas similares, mas com 110 cv, embora este seja atinja os 200 Nm de binário logo à s 2000 rpm.
As prestações dos dois são muito próximas, com o VW a levar vantagem na velocidade máxima de 185 km/h, mas a perder tangencialmente para o Nissan na média de consumos anunciados (5,9 l/100 km face a 6), nas emissões de CO2 (134 g/km face 135) nos 0-100 km/h (cumpridos em 10,7 segundos, mais 0,1 seg.). O VW ganha vantagem na capacidade do depósito: 50 em vez de 46 litros.
A nÃvel de comportamento, o Juke é muito melhor do que o seu antecessor em todos os aspetos. A condução do crossover é bastante mais divertida e proporciona maior confiança ao condutor. A cidade é o seu local de eleição, podendo proporcionar uma utilização mais familiar. Graças ao seu sistema de auxÃlio ao estacionamento de 360 graus, já se consegue arrumar sem problemas em espaços mais apertados. Já o T-Roc é um bom compromisso entre conforto e disponibilidade. O chassis providencia a tração suficiente numa estrada secundária, mas também não compromete o conforto e suavidade em cidade. A direção do T-Roc é leve, precisa e direta, embora não seja muito comunicativa.
O veredito
Esqueça a ideia que tem do Nissan Juke. O novo modelo traz uma abordagem completamente diferente. Tem caraterÃsticas que agradam a qualquer tipo de cliente a nÃvel mundial, e que o tornam apto a enfrentar qualquer tipo de adversário no segmento emergente dos pequenos SUV de formato coupé. Apesar de alguns aspetos menos positivos, o Juke é um modelo com um aspeto incrÃvel e está mais prático. Já o T-Roc é o carro com o tamanho e o formato ideal para a maioria das pessoas da atualidade. Além disso, tem um aspeto atraente, um preço base apelativo e muito equipamento à disposição. Não é por acaso que as vendas do T-Roc já se aproximam das do Golf: é um pequeno SUV agradável de conduzir e sem grandes defeitos que o comprometam.
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