Maio Amarelo - 8 atitudes de direção preventiva para você manter a segurança no trânsito

Já parou para pensar o quanto dirigir não é uma tarefa tão simples como podemos imaginar? Manusear o volante, prestar atenção nos carros ao seu redor, controlar a velocidade, identificar as placas de trânsito, os semáforos... e a lista parece não ter fim.

Fazer várias atividades, ao mesmo tempo, pode gerar confusão mental, segundo o psicólogo do trânsito Diogo Figueiredo, gerente de capacitação da CEPA - Centro de Prevenção de Acidentes que, em parceria com a Ayvens, traz para você oito atitudes indispensáveis para sua segurança no trânsito:

Você está dirigindo, o celular toca ou você escuta o som de uma notificação e pensa, “vou olhar o celular rapidamente para saber quem está me ligando ou mandando mensagem”. Essa é uma simples atividade que pode causar uma distração de três segundos. Se você estiver dirigindo a 100 km/h em uma pista, nesse tempo terá avançado 90 m sem sua atenção plena no volante. São essas pequenas distrações que podem causar consequências fortes que queremos evitar.

Se programe para não usar o celular enquanto dirige, ative o GPS e aplicativos de localização antes de ligar o seu carro, evite até mesmo usar o aparelho no semáforo. Ser disciplinado e não abrir mão da segurança para usar o celular é imprescindível.

Vai fazer aquela viagem longa no outro dia para visitar a família que mora longe ou passar o final de semana naquela tão sonhada praia? A recomendação aqui é ter uma ótima noite de sono, evitar trabalhar até tarde no dia anterior ou ficar assistindo seriados sem parar.

Dirigir requer muita atividade cognitiva e, se você estiver dirigindo cansado e até mesmo fatigado, sua visão, reflexo, percepção, sentidos, assim como aspectos comportamentais, podem estar comprometidos e serem prejudicados de maneira geral.

Se o seu olho estiver ardendo enquanto dirige, as costas doendo, não resista ao cansaço, faça paradas, reveze a direção, descanse um pouco durante uma parada em um lugar seguro e se alongue quando necessário. Perceba o seu nível de cansaço e adeque-se, não insista em dirigir neste estado. Direção preventiva é sinônimo de condutor saudável!

O famoso estresse é uma resposta do organismo humano, psicológica e emocional para os desafios do dia a dia. O estresse, inicialmente, não é um problema, mas quando ele se prolonga, pode gerar o adoecimento do corpo e das nossas habilidades sociais. E se nossas habilidades estiverem comprometidas, isso pode nos levar a ações perigosas no trânsito.

O estresse acaba trazendo à tona emoções muito intensas, como raiva, tristeza e medo, e essas emoções possuem um poder violento que desviam o condutor de uma direção preventiva. Se estamos sob efeito de fortes emoções o ideal é não dirigir naquele momento para evitar brigas de trânsito, conflitos, violência verbal e até mesmo física.

A buzina serve para alertar com toques intermitentes, mas quando prolongada é como uma ferramenta de agressão. Temos o poder de influenciar as decisões dos outros, então faça a gestão das suas ações e emoções para um trânsito mais saudável.

Velocidade é um dos temas mais relevantes para a segurança no trânsito, isso porque tanto estar muito rápido, quanto estar muito devagar, dependendo da situação, pode provocar acidentes. Então, você pode estar se perguntando, qual a velocidade ideal? É importante ter em mente que existem dois tipos de velocidade:

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  REGULAMENTADA: é a velocidade descrita nas placas. Se uma placa informa que o máximo é 80 km/h, não se pode ultrapassar esse número em nenhum momento. E a mínima para se estar nesta estrada é 50% da máxima.
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  ADEQUADA: é aquela velocidade que você utiliza a partir das condições em que dirige. Por exemplo, em um ambiente chuvoso, o ideal é reduzir a velocidade máxima em no mínimo 20%.

É necessário que seja feita uma leitura de tudo ao seu redor, o clima, a presença de pedestres na via, o fluxo intenso de outros carros, riscos de animais, áreas escolares, etc. O ideal será sempre ser um motorista que pratica uma direção preventiva, respeitando a velocidade regulamentada e se adequando às adversidades.

O álcool é o grande vilão do trânsito e pode ser um problema, também, no dia seguinte à ingestão, principalmente se for consumido de forma exagerada.

O gerente de capacitação da CEPA Diogo Figueiredo confirma histórico de vários casos de pessoas que se envolveram em acidentes por conta do álcool consumido no dia anterior, isso porque a substância continuou nas vias sanguíneas do condutor mesmo horas após o consumo.

A questão de um consumo exagerado ou reduzido depende de quem está consumindo, pois variáveis como peso, alimentação, tipo de bebida, quantidade e hidratação vão afetar este tempo de metabolização. Conheça o seu corpo, estabeleça seus limites.

“Achar que consumir pouco álcool não é nocivo e que lhe dá o direito de se sentir confiante em dirigir é um dos mitos mais perigosos, pois as habilidades necessárias à condução já ficam comprometidas mesmos nas primeiras doses da bebida, como, por exemplo, aumentando o tempo de reação diante de um imprevisto" afirma o especialista, que indica práticas como** Motorista da Rodada** e Aplicativos de Carro. Se beber, não dirija.

Quem nunca passou pela situação de estar na fila do supermercado ou de um banco e perceber que alguém furou a fila e passou na sua frente? Bem, uma das grandes causas do trânsito agressivo é a separação do conceito de motorista e cidadão, quando, por exemplo, um condutor não idoso estaciona em uma vaga destinada para a terceira idade, desrespeitando assim o direito de outro cidadão.

Subornar policiais de trânsito, buscar caminhos alternativos para se livrar de infrações na carteira, entre outras práticas, são atitudes que nos afastam de ter mais segurança no trânsito. Cada um deve fazer sua parte, seguir as leis, respeitar os oficiais e ter consciência que suas decisões geram impactos para todos.

Percepção de risco para segurança no trânsito é a forma como cada motorista percebe os riscos que estão na sua condução, seja na pista, ou na sua conduta. Existem dois tipos de risco:

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  Risco real: é aquele risco objetivo como, por exemplo, dirigir enquanto está chovendo ou sob neblina, o que é mais arriscado que situações normais, assim como dirigir embriagado é mais perigoso do que dirigir sobriamente. Quando o trecho da via apresenta riscos reais como neblina, buracos, falta de sinalização, entre outros, o risco real está nas decisões do motorista e nas situações que enfrenta.
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  Risco percebido: já o risco percebido é a leitura que cada pessoa faz das situações enfrentadas e pode ser diferente do risco real (menos eficiente). São aqueles riscos que você identifica, reconhece e deve se prevenir, como, por exemplo, fazendo a manutenção do seu carro, checando os seus pneus, sua bateria, entre outras ações.

"A percepção de risco muitas vezes só é praticada após alguma situação indesejada ser experienciada pelo condutor." Percepção de risco é uma habilidade que todos os motoristas possuem e aplicam quando dirigem, o que muda entre as pessoas é o aperfeiçoamento desta habilidade, algumas pessoas são mais capazes em identificar os riscos no trânsito e outras nem tanto.

"A percepção de risco muitas vezes só é praticada após alguma situação indesejada ser experienciada pelo condutor." Percepção de risco é uma habilidade que todos os motoristas possuem e aplicam quando dirigem. O que muda entre as pessoas é o aperfeiçoamento desta habilidade, já que algumas pessoas são mais capazes de identificar os riscos no trânsito e outras nem tanto.

“É necessário se educar para perceber os riscos, seja através de um curso ou da leitura de conteúdos específicos como esse artigo”, revela o psicólogo do trânsito. Autoconfiança é essencial, mas o excesso pode ser prejudicial. Quando nos sentimos muito autoconfiantes, nosso comportamento pode nos colocar em uma situação de risco, porque podemos agir sem dar tanta importância aos devidos cuidados. Já o contrário também pode acontecer, como quando estamos em uma cidade nova e nos sentimos muito inseguros sobre as vias, e começamos a prestar mais atenção na sinalização.

Praticando prevenção de riscos você desenvolverá uma melhor autoconfiança no volante e encontrará o seu equilíbrio como condutor.

“Passei o sinal vermelho porque tinha uma reunião muito importante, meu diretor estava me esperando...” Condutor desconhecido.

Justificar uma infração grave no trânsito colocando a responsabilidade em outra pessoa tem sido a desculpa mais comum que o gerente de capacitação da CEPA vem escutando nos treinamentos sobre segurança no trânsito nos últimos anos. Ele revela que a responsabilidade maior é sempre dos motoristas, e que muitas vezes eles atribuem a responsabilidade para outras pessoas ou circunstâncias. Cada motorista é o construtor da sua própria segurança e do trânsito em geral, sendo seu dever assumir sua responsabilidade.

Seja um herói na direção preventiva Super-heróis não existem apenas em filmes e quadrinhos. Quando agimos com responsabilidade e consciência no volante, salvamos várias vidas ao nosso redor, bem como, preservamos nossa própria segurança.

Pratique as atitudes e dicas apresentadas neste artigo para uma direção preventiva, faça com que o Maio Amarelo se torne mais forte durante todo o ano e conte com Ayvens e o CEPA – Centro de Prevenção de Acidentes como seus parceiros para um trânsito mais saudável e seguro.

O Maio Amarelo é o Movimento internacional de conscientização para redução de acidentes de trânsito.

A escolha do mês de maio foi motivada pela proposta da ONU (Organização das Nações Unidas) quando decretou a Década de Ação para Segurança no Trânsito em 11 de maio de 2011.